sábado, 26 de maio de 2012

Técnicas de coloração para lâminas.



     As técnicas de coloração são muito importantes, pois a maioria dos tecidos é incolor, dificultando assim a sua observação ao microscópio óptico. Aí entram as colorações dos tecidos, tornando visíveis seus componentes e diferenciando uns dos outros. A maioria dos corantes usados em histologia comporta-se como ácidos ou bases e tendem a formar ligações salinas com radicais ionizáveis presentes nos tecidos. Os componentes dos tecidos que se coram com corantes básicos são chamados basófilos, sendo chamados de acidófilos os que se ligam a corantes ácidos.
     Para serem corados os microorganismos precisam ser primeiramente fixados em lâminas, estes então são mortos e fixados, dando uma duração significativa para a amostra. Deve-se formar um filme delgado com a amostra sobre a lâmina, que se denomina esfregaço, que pode ser secado ao ar livre ou em lamparina ou bico de Bunsen. Quando se utiliza o calor para secar a lâmina deve observar que o lado do esfregaço deve ficar para cima, ou seja, com contato indireto com a chama. Desta forma a amostra já está fixada.
     Os corante básicos são o Violeta de Genciana, Azul de metileno, Safranina. Como ácidos a Eosina, Nigrosina e Tinta nanquim. A coloração simples serve para destacar todo o organismo, é muito comum que se coloque um mordente (substância com a função de manter a durabilidade da cor, pode ser de origem vegetal, como o tanino ou de origem mineral como o alúmen) para que se intensifique a coloração. Para a coloração especial pode-se fazer uma solução coloidal fina de partículas coradas (tinta nanquim ou nigrosina) para fornecer um fundo escuro e depois corar por coloração simples como a safranina. Devido a composição química, a cápsula nega a maioria dos corantes biológicos, como a safranina, e o uso do nanquim faz uma coloração negativa, evidenciando o contraste entre o fundo, circundante, e a cápsula.
     Alguns exemplos de colorações para observação de células bacterianas são: Coloração de Loeffler (azul de metileno), Coloração com Safranina (é usada como um corante de contraste em alguns protocolos (métodos) de coloração, colorindo todo núcleo celular de vermelho, também pode ser usado para a detecção de cartilagem, mucina e mastócitos), Coloração negativa com tinta nanquim (corante ácido para coloração do fundo, pois não há atração com estruturas negativas) e Método de Benians.
     Para a visualização da cápsula bacteriana é comum o uso do corante de Maneval e Método de Hiss. Na visualização dos flagelos é usado o Método de Blenden & Goldberg (método de deposição de prata) e Método de Leifson (Essa técnica consiste em proceder ao semeio da bactéria num meio adequado que contem um açúcar utilizável pela bactéria e um indicador de pH - azul de bromotimol). Para a coloração de Endósporos os Método de Dorner (a fucsina fenicada evidencia a cápsula) e Método de Schaeffer-Fulton (verde malaquita). Para outros fins, são usadas a Coloração de Gram (um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram) e Acúmulo de Poli - b - hidroxi - butirato (é utilizado para verificar se a bactéria acumula grânulos de PbHB, para este teste a colônia bacteriana deverá se desenvolver em meio Sacarose - Peptona – Agar).
     Além destas existe uma infinidade de colorações. No próximo post falaremos mais sobre a Técnica de Gram e Técnica de Ziehl-Neelsen. 
Referências:
Disponível em:
<http://hisalzer.blogspot.com.br/2010/08/principais-tecnicas-de-coloracao-para.html>
<http://bervieira.sites.uol.com.br/col.htm>
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe1Y0AH/coloracao>

Nenhum comentário:

Postar um comentário